Como fazer a limpeza da caixa d’água do condomínio?

Como fazer a limpeza da caixa d’água do condomínio?

Essencial para a vida humana, a água é um recurso fundamental para manter a higiene do condomínio e a saúde de todos os que circulam no local. Porém, uma coisa que muitas pessoas não sabem é que ter uma caixa d’água limpa é tão importante quanto a qualidade do líquido que recebemos. Você sabe como é feita a limpeza da caixa d’água do condomínio?

É obrigatório fazer a limpeza da caixa d’água do condomínio?

A resposta é sim. é obrigatório fazer a limpeza da caixa d’água, visto que essa é a única forma de preservar a saúde das pessoas – não apenas as do condomínio, mas também da comunidade local.

A água contaminada é um prato cheio para a proliferação de doenças, como dengue, Zika vírus e Chikungunya e o cuidado com as condições de limpeza é uma das principais formas de matar larvas da dengue na caixa d’água, bem como de outras doenças.

Conforme informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mais de 10 mil pessoas ficaram doentes, entre 1999 e 2008, devido ao consumo de água contaminada no Brasil. Ainda, os dados do Ministério da Saúde apontam que na maioria dos casos a contração de doenças pelo consumo de água ocorre dentro das residências.

Como deve ser feita a limpeza da caixa d’água?

Diferentemente de residências, condomínios contam com caixas d’água de grande porte. E é natural que com maiores equipamentos, vêm maiores responsabilidades. Por isso, a recomendação geral é que se busque uma empresa especializada para fazer a manutenção da caixa d’água.

No geral, a periodicidade da limpeza da caixa d’água deve ser a cada seis meses. Todavia, se a água de abastecimento da região tiver qualidade inferior, será necessário realizar a limpeza em um intervalo menor.

Além disso, é essencial que seja realizado um teste para comprovar que a água está própria para o consumo ao final da limpeza.

Os períodos indicados para realizar a limpeza do recipiente, são:

  • Entre os meses de novembro a janeiro, para preparar o condomínio para o verão
  • Entre os meses de maio e julho, para que a caixa esteja em perfeitas condições no inverno
  • Já para condomínios que ficam na praia, realizar a manutenção nos meses de menor movimento

O síndico é responsável pela limpeza da caixa d’água do condomínio?

Essa é uma questão que todos os síndicos e condôminos devem saber na ponta da língua: sim, o síndico pode ser responsabilizado pela qualidade da água oriunda da caixa d’água do condomínio.

O motivo disso é a legislação da Anvisa chamada Portaria Nº 2.914, publicada pelo Ministério da Saúde em 12 de dezembro de 2011. Esse documento oficial aborda os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano quando distribuída de forma coletiva – como é o caso dos condomínios.

Por “consumo humano”, o documento se refere à água que é utilizada por pessoas, seja para beber, tomar banho, cozinhar, lavar roupas e demais questões de higiene pessoal.

O Art. 13 da Portaria Nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011 determina que:

Art. 13. Compete ao responsável pelo sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água para consumo humano:

I – exercer o controle da qualidade da água;

II – garantir a operação e a manutenção das instalações destinadas ao abastecimento de água potável em conformidade com as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e das demais normas pertinentes;

III – manter e controlar a qualidade da água produzida e distribuída, nos termos desta Portaria, por meio de:

 

  • a) controle operacional do(s) ponto(s) de captação, adução, tratamento, reservação e distribuição, quando aplicável;
  • b) exigência, junto aos fornecedores, do laudo de atendimento dos requisitos de saúde estabelecidos em norma técnica da ABNT para o controle de qualidade dos produtos químicos utilizados no tratamento de água;
  • c) exigência, junto aos fornecedores, do laudo de inocuidade dos materiais utilizados na produção e distribuição que tenham contato com a água;
  • d) capacitação e atualização técnica de todos os profissionais que atuam de forma direta no fornecimento e controle da qualidade da água para consumo humano; e
  • e) análises laboratoriais da água, em amostras provenientes das diversas partes dos sistemas e das soluções alternativas coletivas, conforme plano de amostragem estabelecido nesta Portaria;

 

IV – manter avaliação sistemática do sistema ou solução alternativa coletiva de abastecimento de água, sob a perspectiva dos riscos à saúde, com base nos seguintes critérios:

 

  • a) ocupação da bacia contribuinte ao manancial;
  • b) histórico das características das águas;
  • c) características físicas do sistema;
  • d) práticas operacionais; e
  • e) na qualidade da água distribuída, conforme os princípios dos Planos de Segurança da Água (PSA) recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) ou definidos em diretrizes vigentes no País;

 

(…)

VI – fornecer à autoridade de saúde pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios os dados de controle da qualidade da água para consumo humano, quando solicitado;

VII – monitorar a qualidade da água no ponto de captação, conforme estabelece o art. 40 desta Portaria;

Para ler o Art. 13 da Portaria Nº 2.914 na íntegra, acesse o documento cedido pelo Ministério da Saúde.

Resumindo as normas estabelecidas pelo documento oficial, o condomínio é responsável por fornecer água potável para os moradores e colaboradores. Deste modo, o síndico é o principal responsável pela distribuição segura da água, visto que é ele o responsável final pelo condomínio.

No que prestar atenção ao contratar limpeza de caixa d’água para o condomínio?

A primeira coisa que se deve prestar atenção ao contratar uma empresa especializada é checar se existe um alvará de funcionamento autorizado pela Vigilância Sanitária.

Em seguida, investigue se a empresa utiliza equipamentos adequados e os corretos produtos para limpeza de caixa d’água.

Preferencialmente, o síndico deve acompanhar o serviço e dar bastante atenção ao certificado de limpeza de caixa d’água fornecido pela empresa. Esse certificado deve conter:

  • Data da realização da limpeza
  • Validade da higienização
  • Certificado de que a empresa realizou o serviço e garante a qualidade da água a ser consumida
  • Laudo de potabilidade da água, se possível

Também é importante que o síndico monte seu planejamento de manutenções condominiais para que a próxima limpeza do reservatório seja realizada antes da data limite – passados os 6 meses. Uma forma de fazer isso com praticidade, é adicionar um lembrete no app que o condomínio utiliza para gestão. Assim, evita-se eventuais problemas.

 

Ao final do serviço, a empresa deve fornecer um comprovante de limpeza de caixa d’água, que deverá ser guardado pelo síndico junto com a documentação do condomínio.

 

Quais as etapas de limpeza da caixa d’água do condomínio?

Como explicamos anteriormente, na hora de realizar a limpeza de caixa d’água, não considere apenas o preço. É importante levar em consideração se a empresa é de confiança e se realiza o procedimento corretamente.

Mas como saber se a empresa limpa a caixa d’água corretamente se não sei como é o processo? Não seja por isso. Vamos, a seguir, explicar como é feito o procedimento básico de limpeza de caixa d’água de condomínio. Confira:

Ao iniciar a limpeza do recipiente, a empresa contratada deve:

  • Analisar a situação da estrutura do reservatório, conferindo se não há vazamentos ou rachaduras.
  • Em seguida, deve-se interromper o fluxo de água no condomínio.
  • Ao fechar o registro de entrada de água, o próximo passo é retirar toda a água da caixa. Importante destacar que as caixas d’água não esvazia sozinha.
  • Feito isso, os funcionários da empresa deverão iniciar a etapa de eliminar a sujeira de dentro e do fundo da caixa, enxaguar tudo e esvaziar de novo.
  • Aqui, o representante do condomínio deve prestar atenção se foram retiradas todas as manchas do recipiente.
  • Depois de esvaziar a caixa novamente, chegou o momento de fechá-la. É fundamental usar algum tipo de cadeado, lacre ou qualquer barreira que evite a entrada de sujeira e pequenos animais no local.
  • Por fim, abra o registro d’água e deixe encher o reservatório.

É essencial relembrar que todo o processo de limpeza da caixa d’água irá resultar que os condôminos fiquem sem água por algumas horas. É função do síndico notificar os moradores sobre esse contratempo. Uma recomendação é utilizar um aplicativo para condomínio que permite enviar mensagens e circulares para todos rapidamente.

 

Logo, fica claro que a limpeza de caixa d’água não é apenas uma questão de responsabilidade do síndico, mas de comprometimento com a saúde e o bem-estar coletivo. 

 

Eleição de síndico: 4 dicas para ter sucesso na assembleia

Conforme nos aproximamos do final do mandato de síndico,  e o condomínio se prepara para a tão esperada reunião de assembleia para eleição de síndico.

Independentemente se a eleição de síndico será feita através de uma reunião virtual de assembleia ou no tradicional cara a cara, a dinâmica é geralmente a mesma: para se tornar síndico do condomínio, é necessário convencer a comunidade de que você é a opção ideal para cuidar do patrimônio deles. Portanto, a apresentação é um ponto crucial para ser eleito síndico.

Com base em nossos conhecimento  montamos este artigo com quatro dicas para ajudar você a ter sucesso na assembleia e ser eleito o novo síndico condomínio!

 

1. Conheça bem o condomínio

Vamos começar pelo básico: um bom candidato deve conhecer o condomínio que pretende gerir. Entender o contexto e o histórico da gestão é fundamental na hora de desenvolver uma proposta alinhada com as necessidades daquela comunidade. Afinal, cada condomínio é único.

Logo, procure visitar o condomínio, consultar a convenção condominial antes da data da reunião e conversar com os integrantes do conselho fiscal, visando também entender como foi a gestão e a prestação de contas do síndico anterior. Deste modo, você pode basear a sua apresentação de eleição nas soluções que pode oferecer, buscando sanar as dores do condomínio.

Se você está se candidatando para a reeleição como síndico, aproveite o conhecimento que adquiriu sobre o condomínio nos últimos dois anos de gestão. Use dados e valores para basear suas propostas e relembre a todos os ótimo trabalho que você vem fazendo no local.

 

2. Esteja preparado para imprevistos

Isso pode parecer bobagem para muitos, mas sempre é bom frisar: esteja sempre preparado para possíveis imprevistos. Por exemplo: monte sua apresentação em slides, mas também leve material impresso. Assim, você não será prejudicado caso o condomínio não tenha projetor ou aconteça outro tipo de imprevisto.

Recomendamos preparar uma lista com todos os materiais que você pretende apresentar na reunião e revisar se todos estão com você na noite anterior à reunião.

 

3. Preste atenção ao tempo

O tempo é uma questão primordial na hora de fazer a defesa das suas propostas. Primeiramente, seja pontual. Se organize para chegar no local da reunião com antecedência. Assim, de quebra, você ainda tem a oportunidade de cumprimentar os condôminos conforme eles forem chegando na reunião, passando uma imagem de profissional simpático, gentil e, claro, pontual.

Saiba o tempo que você terá para se apresentar e reserve alguns minutos para que os moradores possam fazer perguntas a você. Tente antecipar que perguntas podem ser feitas com base nas informações que você adquiriu fazendo a visita de campo e conversando com o conselho fiscal.

Uma dica valiosa é treinar seu discurso com o auxílio de um cronômetro, pois assim será possível perceber se:

  • Você está falando muito rápido?
  • Você tem algum vício de linguagem? (ex: “hããããããa” ou “tipo”)
  • Sua apresentação está curta ou longa demais?
  • Se existe alguma parte que precise de mais treino?
  • Se existe algum trecho que pode receber mais ênfase ou destaque?

 

4. Entenda seu propósito

Por fim, a nossa dica é: relembre porque você quer ser síndico. Qual é o seu objetivo pessoal para exercer o cargo? Qual é o seu propósito?

  • Você quer melhorar a vida no condomínio em que mora?
  • Você quer gerenciar melhor as finanças daquela comunidade?
  • Você quer trilhar uma carreira na área de gestão condominial?

As motivações podem ser inúmeras, por isso ter um propósito claro em mente ajuda a estimular a sua autoconfiança, sua segurança e reflete para os outros o quão dedicado você será com a administração do condomínio.

 

3 Ideias de Sustentabilidade em Condomínio e Reduzir Gastos

Sustentabilidade em condomínios é um assunto que tem sido muito abordado nos últimos anos. Além de ser uma forma de contribuir para a preservação dos nosso recursos naturais, ações de sustentabilidade dentro do ambiente condominial ajudam a melhorar a qualidade de vida dos moradores, a valorizar o patrimônio e permitir que o empreendimento reduza seus gastos.

 

Falar sobre sustentabilidade nas reuniões de condomínio geralmente é motivo de polêmica. Há os moradores que reclamam, os que defendem o tema com unhas e dentes, os que acham muito trabalhoso realizar mudanças – há de tudo! E, como responsável pelo condomínio, é o síndico quem fica com a incumbência de apaziguar os ânimos, encontrar um meio termo que beneficie a comunidade e colocar em prática.

Pensando nisso, preparamos uma lista com três ideias que você, síndico, pode replicar nos condomínios onde atua. Sabemos que nem todos os condomínios possuem a verba e/ou o espaço suficiente nas áreas comuns para fazer grandes alterações em prol da sustentabilidade. Logo, selecionamos algumas dicas que envolvem pouco (ou nenhum) gasto. Confira:

 

1. Lixo zero em condomínios

Condomínios residenciais englobam uma grande quantidade de moradores. Apenas na cidade de São Paulo, é estimado que uma em cada três pessoas viva em um desses conjuntos habitacionais. Além disso, calcula-se que uma só pessoa produz cerca de 1 kg de lixo por dia, todos os dias.

Mesmo que a matemática não seja o seu forte, fica fácil compreender que condomínios tendem a produzir uma enorme quantidade de lixo no dia a dia. Assim, o descarte correto de todo esse resíduo se torna muito importante e esse é o foco da prática de lixo zero em condomínios.

Apesar do nome, lixo zero em condomínios significa adotar práticas sustentáveis que causem o máximo de aproveitamento do lixo. E a forma mais fácil de fazer isso é através da separação correta dos detritos, evitando que resíduos recicláveis, orgânicos e rejeitos se misturem.

Após recolhido, o lixo orgânico pode virar conteúdo para composteira, que depois é usado na manutenção dos jardins, das áreas externas e até mesmo da horta comunitária. Ao mesmo tempo, os materiais recicláveis podem servir como uma fonte de renda extra para o condomínio. Deste modo, apenas os rejeitos serão realmente descartados.

Para isso acontecer, o condomínio pode disponibilizar lixeiras de cores diferentes para que a medida seja seguida. Também é necessário que o síndico instrua os funcionários do condomínio e elabora regras com os moradores para que todos obedeçam e compreendam a importância dessa iniciativa.

2. Campanhas de economia de água e energia elétrica

Desenvolver campanhas que incentivam os condôminos a diminuir o consumo de energia elétrica e de água pode parecer algo simplório, mas acredite: medidas como essa importam.

Segundo dados da Green Building Council Brasil, entidade brasileira responsável pela certificação mundial de construções sustentáveis Liderança em Energia e Design Ambiental (LEED), prédios com políticas de sustentabilidade apresentam uma redução média de 40% no consumo de água e 20% nos custos com energia elétrica.

Importante lembrar que esse tipo de ação é praticamente sem custo para o condomínio, visto que você pode enviar lembretes aos moradores via aplicativo de gestão condominial ou colar cartazes nos murais. Resumindo, o condomínio só tem a ganhar!

 

3. Atenção as infiltrações

Todo síndico sabe que infiltrações trazem uma grande dor de cabeça para todos os envolvidos. Além de causar gastos, obras, barulho e sujeira, um vazamento despercebido também gera uma despesa a mais para o condomínio, especialmente quando a infiltração é em uma área comum e/ou a conta da água é dividida entre todos os moradores.

Faça revisões constantes e treine os funcionários do condomínio para detectar sinais de vazamentos como manchas, umidade, mofo e pintura descascada.

 

Pronto! Essas foram as nossas três dicas de sustentabilidade em condomínios que preparamos para você.

E lembre-se: quando falamos de sustentabilidade, é muito importante notar que atitudes locais influenciam o global. Ou seja, cada vez que um síndico se preocupa com sustentabilidade no condomínio, ele está ajudando a fazer a diferença na cidade e na vida dos condôminos – tanto na saúde, quanto no bolso.